Motoristas e cobradores de ônibus são orientados para evitar casos de importunação sexual em Macapá

Palestra aconteceu na manhã desta quinta-feira (27). Funcionários receberam instruções da Delegacia da Mulher e da CTMac. Palestra orienta funcionário de empresas de ônibus sobre como agir em caso de importunação sexual dentro dos coletivos
CTMac/Divulgação
Ocorreu na manhã desta quinta-feira (27) uma palestra para orientar cobradores e motoristas de ônibus de Macapá para evitar e saber como agir em casos de importunação sexual no transporte coletivo.
Em março deste ano, Leidiane Ribeiro, passageira da linha Infraero 2/Marabaixo, relatou ao g1 Amapá que havia sido vítima de importunação sexual, e que o motorista não teria parado o coletivo mesmo após ela e outras pessoas gritarem pedindo para que ele parasse próximo a uma viatura.
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Após essa e outras situações, a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) e a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM) decidiram realizar a capacitação com os funcionários dos ônibus para que casos como o de Leidiane sejam evitados.
“E o mais importante é essa orientação, em palestras, como estamos realizando hoje, sobre como deve agir o motorista”, disse Paulo Barros, diretor da CTMac.
Sandra Dantas, delegada titular da DCCM
José Eduardo Lima/g1
Segundo a delegada Sandra Dantas, titular da DCCM, é importante que os motoristas, cobradores e passageiros estejam atentos para que o importunador seja rapidamente contido e entregue a alguma unidade ou viatura policial.
“Depois que eles praticam o crime, eles saem do ônibus. Daqui a pouco, eles entram em outro ônibus, e assim vai […] A gente quer vocês como parceiros, como multiplicadores”, disse a delegada.
O motorista Helison Silva Santos disse que evitar a importunação sexual é tão importante quanto o socorro imediato a passageiros que passam mal e devem ser deixados em algum posto de saúde.
“O importante é a vítima. Isso é como se fosse a mesma coisa de quando (um passageiro) tem um problema de saúde, a mesma coisa quando tem problema de importunação sexual. A gente pararia, sim, num posto de saúde, ou num Ciosp, independente da reclamação dos demais”, explicou.
Sandra Dantas também alerta para a importância das próprias mulheres não terem medo de denunciar.
“Elas precisam denunciar, sim! Para que esses homens sejam punidos. Não tem que ter vergonha. Em muitos casos a mulher fala ‘eu vou chamar, eu vou ser ainda criticada’… de forma nenhuma”, exclamou Sandra.
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Margarete Jacarandá, agente de fiscalização e transporte da CTMac, acredita que ações como essa são fundamentais para garantir segurança às mulheres.
“O foco é o combate em massa para inibir muito mais e não ter mais esse tipo de acontecimento dentro do transporte coletivo, porque a mulher, em qualquer canto, ela tem que ser respeitada […] O homem, ele tem que lembrar que ele é irmão de uma mulher, ele é filho de uma mulher. Então, assim que ele percebe isso, o respeito já vem de dentro dele”, disse.
Onde buscar atendimento contra violência
Para casos de violência contra a mulher, existe uma rede de apoio composta por centros de atendimento e delegacias especializadas para auxiliar psicologicamente e juridicamente as vítimas. Veja a lista:
Macapá
Delegacia de Crimes Contra a Mulher (Deccm)
Endereço: Rua São José, s/nº, bairro do Centro
E-mail: [email protected]
Telefones: (96) 2101-2767 / (96) 2101-2768
Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf)
Rua São José, nº 1590 – bairro do Centro
Camuf Centro
Rua Rio Juruá, nº 816, bairro do Centro
Santana
Camuf Santana
Endereço: Av. Santana, nº 1815 B, bairro do Centro
Telefone: (96) 99188-0180
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