Crise energética no Bailique: campanha convoca mulheres ribeirinhas para cobrar soluções


Mulheres ribeirinhas e extrativistas da comunidade lutam pelo fim da crise energética na região. Lutar pelo fim da crise energética é prioridade da campanha “Te liga, comadre – mulheres por energia popular”,
Divulgação
No período da noite, a única fonte de claridade na maioria das casas na comunidade do Igarapé Grande do Curuá vem de lamparinas. Mesmo com o fornecimento de energia através do linhão, raramente tem luz ou posteamento. Segundo relatos, a situação permanece a mesma há mais de três meses.
E assim é o cenário no Igarapé Grande do Curuá, onde residem aproximadamente 100 famílias. Os que conseguem um fornecimento razoável, são os que têm gerador próprio, conhecidos como motores a combustível, ou energia solar. A ilha é uma das mais de 50 que compõem o arquipélago do Bailique, na costa do Amapá, com cerca de 14 mil habitantes que convivem sem energia elétrica há décadas
om o lema “fortalecer e engajar”, a meta é capacitar pelo menos 10 lideranças extrativistas na construção de uma Carta das Comadres
Divulgação
Em busca de uma solução eficaz, mulheres ribeirinhas e extrativistas da comunidade entre 17 a 35 anos, foram convidadas a debater e lutar pelo fim da crise energética na região. O debate é prioridade da campanha “Te liga, comadre – mulheres por energia popular”, resultado de uma parceria entre a Associação Gira Mundo e o Coletivo Utopia Negra Amapaense, ambas sem fins lucrativos.
Com o lema “fortalecer e engajar”, a meta é capacitar pelo menos 10 lideranças extrativistas na construção de uma Carta das Comadres (carta compromisso) com propostas inclusivas de incidência política, para entregar aos órgãos públicos responsáveis. Além disso, serão realizadas oficinas formativas, ao longo do mês de agosto, com temáticas sobre mudanças e Justiça Climática, Justiça Energética e Comunicação Ativa.
A campanha também acontece no Marajó, maior arquipélago fluvial-marítimo do mundo, com mais de 2,5 mil ilhas e mais de 500 mil habitantes. Lá, cerca de 230 mil pessoas vivem no escuro, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica.
Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:
i

Bookmark the permalink.