Equipes do Amapá, Pará e DF atuaram em resgate de ocupantes de helicóptero que sumiu na Amazônia


Buscas tiveram mais de 39 horas de voo em locais de densa floresta. Sobreviventes foram resgatados e passam bem. Equipes que atuaram nas buscas
GTA-AP/Divulgação
O resgate dos 3 ocupantes do helicóptero que sumiu na Amazônia na quarta-feira (16), ocorreu no sábado (19) e teve a participação de equipes do Amapá, Pará e do Distrito Federal (DF). Aeronaves das três unidades federativas percorreram por mais de 40 horas a região de densa floresta nas buscas pelos desaparecidos.
As equipes da Força Área Brasileira (FAB), Grupo Tático Aéreo do Amapá (GTA) e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp) se dividiram em áreas mais prováveis de possíveis pousos de emergência, segundo as orientações em procedimentos dessa complexidade.
Segundo o comandante do GTA-AP, tenente-coronel Frank Pinon, após receberem ainda na quarta-feira (16) o pedido para apoio nas buscas, a equipe se preparou para a missão, considerada de difícil execução, já que a localização de aeronaves na Amazônia é de extrema complexidade pela dimensão da floresta.
“No dia seguinte (17) iniciaram as buscas com uma aeronave que chegou do Pará e juntamente com um avião do Amapá na região do Tumucumaque. Como a gente voa muito nessa área, a gente ajudou nas buscas orientando a tripulação dos aviões nas buscas num determinado triângulo de buscas”, descreveu o comandante.
GTA sobrevoa área onde helicóptero desapareceu na Amazônia
GTA/Divulgação
Pinon informou que as buscas se concentraram entre a região do Mucurú, no Rio Jari, até uma aldeia chamada Kupaú.
“No segundo dia a gente fez um briefing sobre as buscas nessa área e demos sorte que quando estava passando por um determinado local o rádio da aeronave acionou Mayday e se comunicou com quem estava pedindo socorro. Foi verificado que eram os tripulantes da aeronave que estava desaparecida”, descreveu Pinon.
Após a identificação, foram feitas as buscas com altitude mais baixa para marcar o ponto. Como a aeronave não era apropriada para voos baixos e com pouca velocidade, foi pedido para os sobreviventes realizarem sinal com fumaça para que as equipes da FAB fizessem o resgate por helicóptero.
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Marcos Vinicyus/Jetfotos
Estavam na aeronave o piloto tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas, o mecânico Gabriel Silva Serra e o engenheiro civil José Francisco Pereira Vieira, da Funai.
O helicóptero desapareceu na última quarta-feira (16) após sair polo base Bona, na Aldeia Maritepu na Terra Indígena Parque do Tumucumaque, no Pará, e foi encontrado por volta das 10h da manhã de sábado próximo ao Rio Itapuru, ao sudoeste de Pedra Branca do Amapari. Os 3 tripulantes chegaram por volta das 15h20 deste sábado em Macapá. Todos os 3 receberam atendimento no Hospital de Emergência (HE) e passam bem.
Os três tripulantes de um helicóptero que desapareceu na última quarta-feira (16) após sair polo base Bona, na Aldeia Maritepu, na Amazônia, chegaram por volta das 15h20 deste sábado no Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre. Todos os 3 recebem atendimento no Hospital de Emergência (HE) de Macapá e passam bem.
A aeronave foi encontrada por volta das 10h30 da manhã de sábado após os tripulantes enviarem um sinal de fumaça próximo ao Rio Itapuru, ao sudoeste de Pedra Branca do Amapari, município distante cerca de 183 quilômetros da capital do Amapá.
Ao chegarem no aeroporto, o momento foi de muita emoção já que alguns familiares aguardavam ansiosos por eles.
Ainda no aeroporto, os 3 receberam atendimento médico em ambulâncias que os levaram ao HE. Todos estavam bem. Um dos tripulantes relatou desconforto em uma das mãos, sem gravidade.
Helicóptero desaparecido
O Helicóptero da empresa Sagres desapareceu na Floresta Amazônica na quarta-feira (16). A aeronave contratada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará decolou por volta das 12h de quarta da base Bona, na Aldeia Maritepu, localizada no Parque Indígena Tumucumaque, no Pará, com destino a Macapá.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o pouso estava previsto para ocorrer as 14h15 do mesmo dia no Aeródromo Sérgio Miranda, em Macapá.
Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, a equipe fazia inspeção de pistas de pouso na terra indígena. As ações da missão incluíam vistorias, inspeções, levantamentos e elaboração de projetos de engenharia.
O Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por coordenar as operações de buscas aéreas na região, informou que uma aeronave SC-105 Amazonas decolou de Campo Grande (MS) para atuar nas buscas na quinta-feira (17).
Buscas e resgate
E foi na quinta que o caso tomou proporção nacional após apuração do portal g1. Ainda na noite de quinta, equipes sobrevoaram a área e encontram pontos que classificaram como “quentes” e que indicavam presença de movimentação humana.
Na sexta-feira (18), por volta das 9h, equipes do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (SAR) do Pará levantaram voo para novas buscas ao helicóptero e sobrevoaram a rota das aldeias Aramirã e aldeia Aruaru, descendo o rio Mapari até Mucuru, onde foram encontrados os “focos quentes”.
Eles retornaram do local para Macapá por volta das 12h e até aquele momento ainda não haviam encontrado nenhum sinal da aeronave desaparecida.
No entanto, por volta das 10h30 de sábado (19) a notícia boa chegava às equipes de buscas. Além da aeronave ter sido encontrada, todos os três tripulantes estavam com vida e passavam bem.
O regaste foi possível após os tripulantes enviarem um sinal de fumaça próximo ao Rio Itapuru, ao sudoeste de Pedra Branca do Amapari, município distante cerca de 183 quilômetros da capital do Amapá.
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