Amapá recebe cerca de R$ 1 milhão em recursos para estudos contra a praga da mandioca


Termo de descentralização foi assinado pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em visita ao Estado nesta segunda-feira (28).  Praga da mandioca atinge plantações inteiras.
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Em visita ao Amapá nesta segunda-feira (28), o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, assinou um termo de descentralização, de cerca de R$1 milhão, para execução de um plano de ação de 2 anos contra a praga da mandioca junto à Embrapa Amapá.
A assinatura se deu após no final do mês de julho o Amapá decretar situação de emergência em razão da praga da mandioca. As bactérias atingiram plantações inteiras localizadas em terras indígenas na região de Oiapoque, extremo norte do Estado.
Amapá decreta emergência em terras indígenas após aumento de doenças causadas por fungos em plantações de mandioca
Segundo a bióloga da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos de Jesus, o plano vai ser executado junto às comunidades para buscar uma solução para o problema.
“Nós vamos fazer um mapeamento de como essa doença se distribui naquela região, quais os principais vetores […] Vamos fazer esse diagnóstico participativo junto com os indígenas afetados”, destacou a bióloga.
A Embrapa identificou 3 tipos de pragas que atingem plantações inteiras da raiz.
“Foram identificados micro-organismos que ocorrem naturalmente em solos, com potencial para atacar plantas de mandioca. Não fazem mal à saúde humana mas sim para a planta “, diz a pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus.
Houve um aumento de doenças causadas pelo cultivo de mandioca.
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A agricultora Lucila Batista, da Aldeia Estrela, diz sentir falta de sua produção e lamenta a situação de emergência. “Nós perdemos todas nossas roças, esse era o nosso meio de sobrevivência. Precisamos de uma ajuda técnica para recuperarmos nossas roças. Estávamos acostumados a viver da nossa produção”, afirmou.
A bióloga Cristiane garante que, várias tecnologias em conjunto serão desenvolvidas para contribuir para solucionar a crise.
Além dos estudos, o termo prevê a elaboração de um Plano de Boas Práticas em Português e na língua nativa de cada comunidade indígena para o manejo das novas produções de mandioca, depois do tratamento do solo.
Situação de emergência
Após o decreto de situação de emergência, uma das preocupações do governo do Amapá, em razão da crise, era a segurança alimentar dessas comunidades, pois da produção da mandioca são feitos produtos como farinha, tapioca e tucupi, sendo as principais fontes de renda e alimentação desses povos.
Como garantia de alimentação, na última semana, cestas básicas foram entregues aos afetados pela praga da mandioca.
Indígenas atingidos por praga da mandioca receberam alimentos
O plano tem duração de dois anos, ou seja, até 2025. A Embrapa já trabalha de forma emergencial na multiplicação de sementes com qualidade genética comprovada para a região.
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