Segundo a polícia, já foi possível identificar três maneiras de aplicação do golpe. Empresas também estão sendo alvo desse tipo de invasão. Em alguns casos, o prejuízo chega a mais de R$1milhão. Crime de invasão de conta bancária no AP
Jorge Júnior/Rede Amazônica
A Polícia Civil do Amapá através da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DR-CCIBER) alerta a população para tomar cuidado ao prestar informações por telefone à pessoas que se identificam como funcionários de agências bancárias.
Este contato pode ser o início de um golpe que está se tornando frequente no Estado.
De acordo com dados da Polícia, a cada 10 boletins registrados na delegacia de crimes cibernéticos, 8 estão relacionados a invasões de contas bancárias.
A titular da DR-CCIBER, Áurea Uchôa explica que é muito importante estar atento a qualquer tipo de contato seja através de ligação, mensagem de texto ou mensagens por aplicativos, como é o caso do whatsapp.
No caso das invasões à contas bancárias, o infrator utiliza algum tipo de aplicativo.
Como funciona
Por conta das investigações, já foi possível identificar três maneiras de aplicação do golpe.
1. Pela engenharia social: o criminoso entra em contato com a vítima, se identificando como funcionário do banco informando que foi dado um pix pra uma outra conta. É nesse momento (após a vítima realmente acreditar que está falando com alguém do banco) que ao realizar as orientações de procedimentos, a pessoa lesada acaba sem querer, inserindo o dispositivo desse criminoso e automaticamente autorizando que seja feita a transação bancária.
“A pessoa nesse momento fica nervosa e não consegue raciocinar muito bem na hora e acaba autorizando esse dispositivo”, afirma a delegada.
2. Aplicativo espião: outra forma de aplicar golpes identificada pela Polícia, é por ligação. Novamente, o infrator se apresenta como funcionário do banco e informa que tentaram entrar na conta daquele cliente e que para evitar qualquer prejuízo, a pessoa deve instar um anti-vírus no celular.
“Na verdade é um aplicativo de espelhamento e a partir do momento que a pessoa vai inserindo senhas e fazendo os procedimentos passados por eles, os dados são captados e utilizados posteriormente”, alerta a delegada.
3. A terceira maneira mais comum utilizada para aplicar golpes é enviando mensagem de texto em formato de SMS. Geralmente, na mensagem diz que a pessoa ganhou algo e precisa inserir seus dados para resgatar o prêmio.
“Ao clicar e inserir os dados, esses criminosos conseguem acessar a conta bancária da vítima e fazer as transferências possíveis naquele momento”, ressalta.
Através das investigações e acompanhamento dos casos, a Polícia Civil identificou que além de pessoas físicas, empresas também estão se tornando vítimas, com prejuízos de mais de R$ 1milhão. Neste caso, a Polícia conseguiu recuperar o valor subtraído.
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Áurea Uchôa, delegada responsável por investigação de crimes pela internet no Amapá
Jorge Júnior/Rede Amazônica
O que fazer para não cair no golpe
Ainda de acordo com a delegada Áurea Uchôa, é importante que o cidadão sempre desconfie de qualquer oferta.
E no caso desse tipo de invasão de contas, é necessário que o cliente sempre faça contato com o gerente por telefone ou se possível, vá até a agência e se certifique que realmente se trata de algo verdadeiro.
Evitar fazer qualquer tipo de procedimento de conta por telefone, é a principal opção para o cidadão evitar cair em golpes desta natureza.
Caso o crime seja efetuado, o ideal é fazer um boletim de ocorrência o quanto antes, seja na delegacia ou online. Acesse aqui!
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Entre 10 boletins registrados, 8 são de invasão de conta bancária no AP; diz delegada
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