Monitor da violência: Sejusp atribui aumento no número de homicídios no AP ao conflito entre facções


Amapá registrou 101 mortes até março deste ano contra 54 no mesmo período de 2022. Secretária de Segurança Pública do Amapá (Sejusp) garante que está realizando operações para a diminuição destes números. Secretaria de Segurança Pública Amapá; Sejusp
Victor Vidigal/G1
Nesta quinta-feira (22), a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) se posicionou sobre o aumento do número de assassinatos no Amapá divulgado pelo Monitor da Violência, e disse que é em razão do conflitos entre grupos criminosos.
Número de assassinatos no AP sobe 87% no 1º trimestre em comparação com 2022
Com a maior alta do país, o Amapá registrou 101 assassinatos no primeiro trimestre deste ano, contra 54 no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 87%.
Segundo o secretário de segurança pública, delegado José Rodrigues Neto, os conflitos de grupos criminosos se intensificaram no fim do ano passado.
“Esse aumento exponencial do número de homicídios neste primeiro trimestre é em decorrência de confrontos que estão ocorrendo entre facções”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, apesar do aumento do número de homicídios, a Polícia Estadual segue atuando. Segundo ele, no primeiro trimestre do ano passado, 983 pessoas foram presas, neste ano foram 1046.
O Secretário disse ainda que não será apenas uma ação que ira diminuir esses números no estado.
“Várias ações estão sendo realizadas. Neste mês de abril observamos uma queda de 40% nesses números de assassinatos , a tendência é uma diminuição ainda maior”, disse.
Entre as ações da Sejusp, está o reforço no policiamento em todo o estado, investimento na melhoria do sistema penitenciário e a realização de operações integradas entre os batalhões de policia.
O secretário afirmou que a maioria dos homicídios são motivados por ordens de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), por isso, o Governo está investido na melhoria do espaço e na maior capacitação dos profissionais que atuam no local.
Índice nacional de homicídios
A ferramenta criada pelo g1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do g1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados coletados pelo g1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço fechado do ano de 2022 foi publicado em maio.
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