Sarampo: Amapá segue sem registros de casos em 2023, diz SVS

Dados são referentes ao primeiro trimestre deste ano. Estado teve 14 casos em investigação este ano, sendo 10 já descartados. Prédio da SVS Amapá
Caio Coutinho/g1
Após 2 anos de campanhas de imunização contra o sarampo, o Amapá não apresentou nenhum registro da doença nos primeiros três meses deste ano, informou a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-AP). Em 2020, o estado teve um surto e chegou a registrar 305 casos.
Já em 2021 houve o registro de 531 casos confirmados em 9, dos 16 municípios do estado. Ainda no período, ocorreram duas mortes.
Após intensas campanhas de vacinação, o número de casos diminuiu em 2022 para 30. Para João Farias, coordenador de doenças transmissíveis da SVS-AP, a busca ativa de casa em casa foi um dos fatores para a redução.
“A partir desse momento em que os casos foram sendo identificados, ações coordenadas pela vigilância estadual foram sendo realizadas em parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e também com as secretarias municipais de saúde”, disse o coordenador.
Ainda segundo a superintendência, este ano o estado teve 14 casos suspeitos, sendo que 10 já foram descartados e os demais seguem em investigação.
Amapá não registrou nenhum caso de sarampo no 1º semestre de 2023
Prevenção, sintomas e tratamento
A doença era erradicada no Brasil através de vacina, mas ela voltou ao país em 2018. No Amapá, o primeiro registro aconteceu após duas décadas, em 2019, e logo houve reforço na imunização.
É recomendável que até os 29 anos a pessoa tenha tomado duas doses da tríplice viral; caso não tenha tomado, ela é imunizada em duas etapas. Se tem entre 30 e 59 anos e nunca se imunizou, a pessoa deve receber uma dose.
Doença pode causar complicações em crianças menores de 5 anos e pacientes desnutridos ou com problemas de imunidade
Getty Images via BBC
Para quem não lembra se já se imunizou adequadamente, a orientação é se vacinar (respeitando a quantidade de doses por faixa etária). A vacina é o método mais eficaz para prevenir o sarampo, cujo vírus é altamente contagioso.
Para confirmar os casos, as equipes de saúde coletam sangue do paciente, para sorologia, que identifica se há ou não a presença do vírus, e para o isolamento viral, que identifica qual a linhagem de vírus do sarampo que circula no estado.
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