Pesquisa aponta ampliação e avanços nos serviços e atendimentos no estado. Projeto TeleUTI acontece no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá. Modalidades de urgência e emergência, além do projeto TeleUTI acontecem no Amapá
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A conectividade está cada vez mais presente em áreas de serviços público, principalmente na medicina. Durante o período mais crítico da pandemia de covid-19, a telemedicina foi uma das tecnologias que ajudou a evitar o colapso da saúde no Brasil.
Diagnósticos mais ágeis e precisos e procedimentos mais seguros são alguns exemplos de como a tecnologia tem favorecido a prática médica e impactado na saúde da população. Os serviços de tele saúde vieram para atuar em locais onde o profissional de alta qualificação não consegue chegar.
A organização mundial da saúde define a telessaúde como “serviços prestados remotamente por meio de tecnologias da informação e comunicação”.
De acordo com dados divulgados pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, a teleconsulta, ou consulta médica não presencial, foi utilizada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o país no atendimento a pacientes em 2022.
Donato Farias, coordenador da Rede de Urgência e Emergência do Amapá, descreveu que a pandemia demandou uma regulamentação em caráter temporário e emergencial para acolher as necessidades de ampliação dos serviços de saúde, por meio de teleconsulta e tele orientação.
“A pandemia nos ensinou muita coisa. A sermos resilientes e a trabalhar com a tecnologia. Devido a nossa reclusão dentro de casa, muitos profissionais também tiveram seus consultórios fechados. E em decorrência desse fechamento nós tivemos um aumento no número de agravos”, disse o coordenador.
A “conectividade” é o tema do segundo painel da temporada do projeto Amazônia Que Eu Quero, promovido pela Fundação Rede Amazônica. A iniciativa busca chamar a atenção do poder público através de propostas para incentivar a implementação de projetos e lei que acessibilizem não só a educação, mas a conectividade e o turismo na região.
Tipos de atendimentos
Serviços de telesaúde ajudam pacientes a conseguir tratamento com especialistas
A conectividade nos atendimento a distância acontece em diversas modalidades. No Amapá, já existe a telemedicina com duas modalidades, fruto de uma parceria com uma associação hospitalar do Ministério da Saúde.
Uma delas é o atendimento em urgência e emergência. A teleconsulta traz benefícios a profissionais, instituições e pacientes. Sem fronteiras, qualquer médico pode atender pacientes onde estiverem.
Outra modalidade presente no estado é o projeto TeleUTI, que acontece no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) para os pacientes internados na unidade de terapia intensiva pediátrica. Os avanços da conectividade que ajudaram a evitar o colapso da saúde no estado na época em que o Amapá sofria com o surto das síndromes gripais e respiratórias.
A responsável técnica pelo projeto TeleUTI do HCA, Lorena Simões, descreveu como o projeto atua no estado.
“Ele visa a interligação, essa consultoria com especialistas de outras áreas, principalmente da área médica em relação aos atendimentos das crianças. Surgiu das necessidades das síndromes gripais que atingiram nosso estado e foi decretado estado de emergência e o Ministério da Saúde nos contemplou com o projeto”, disse a técnica.
Mas, existem alguns desafios a serem enfrentados, como, por exemplo, a falta de uma conexão eficaz, especialmente em áreas mais distantes e de difícil acesso.
“Como a gente trabalha com a questão de acesso à internet, a gente precisa muito de uma boa conectividade. Se a gente não tem conectividade, a gente não consegue ter esse acesso com a comunicação com esses profissionais”, disse Donato Farias.
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