Oiapoque concentra 71% de toda população indígena do Amapá, aponta Censo

Município tem 8.088 indígenas, do total de 11.334 no estado. Dados foram divulgados nesta segunda-feira (7) pelo IBGE. Censo 2022 na Terra Indígena Waiãpi no Amapá
Marta Antunes/IBGE
A população indígena do Amapá é de 11.334 pessoas, segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2010 a população indígena no estado era de 7.411, o que representa um aumento de 65,3% em comparação aos dados atuais. O município de Oiapoque concentra a maior população indígena, com 8.088 pessoas, seguido por Pedra Branca do Amapari, com 1.676.
Do total de indígenas, 7.853 vivem em terras indígenas e 3.481 fora. Apenas o município de Cutias não teve o registro de nenhum morador indígena.
A população indígena representa 1,55% do total de 733.508 habitantes do estado, segundo Censo,
Veja a população indígena em cada município:
Serra do Navio – 3
Amapá – 7
Pedra Branca do Amapari – 1676
Calçoene – 17
Ferreira Gomes – 1
Itaubal – 3
Laranjal do Jari – 145
Macapá – 1245
Mazagão – 24
Oiapoque – 8088
Porto Grande – 28
Pracuúba – 3
Santana – 80
Tartarugalzinho – 11
Vitória do Jari – 3
Cutias – 0
População indígena por cidade
O Censo de 2022 mostra que:
O Brasil tem 1,7 milhão de pessoas que se identificam como indígenas. Isso corresponde a 0,8% da população total do país.
O Norte concentra 45% dos indígenas brasileiros, com grande destaque para o estado do Amazonas – que, sozinho, tem 490,9 mil indígenas, ou 29% do total.
O Nordeste vem em seguida, com 31% dos indígenas do país. O destaque da região é a Bahia, o segundo estado com mais indígenas do país – com 229,1 mil pessoas.
Mesmo com essa concentração, há indígenas em todas as regiões e em todos os estados brasileiros.
Das 5.570 cidades do país, 4.832 têm moradores indígenas (86,8%).
Os povos indígenas passaram a ser mapeados pelo IBGE em 1991, com base na autodeclaração no quesito “cor ou raça”. No entanto, a partir do Censo de 2022, o instituto ampliou a metodologia, utilizando a cartografia censitária colaborativa e passando a considerar outras localidades indígenas além das terras oficialmente delimitadas.
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