Governo Federal reconhece gravidade após plantações serem atingidas por fungos e bactéria


Pragas já atingiram todas as áreas de plantio de Oiapoque, informou o Ministério do Desenvolviemento Regional. Municípios de Calçoene, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande também estão com produção comprometida. Pragas impedem o crescimento das manivas
Hallana Gama/GEA/Divulgação
Os municípios de Oiapoque, Calçoene, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande obtiveram nesta segunda-feira (7) o reconhecimento do governo Federal da situação de emergência por conta da fungos e uma bactéria que atingem plantações de mandioca.
Boa parte das plantações está localizada em terras indígenas, que tem a produção de mandioca como principal fonte de renda. É das raízes que é produzida a farinha, por exemplo.
Os três fungos dos gêneros fusarium e colletotrichume a bactéria fitoplasma foram detectados pela Agência Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Diagro) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amapá).
De acordo com relatos de produtores dessas regiões, os fungos e a bactéria causam problemas que impedem o crescimento das raízes da mandioca. Os prejuízos têm aumentado significativamente nas últimas semanas.
Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), as pragas já atingiram todas as áreas de plantio de Oiapoque, município que abriga 66 aldeias e mais de 10 mil indígenas.
José Ribamar, produtor agrícola no distrito do Carnôt, em Calçoene
Arquivo Pessoal
José Ribamar é maranhense e trabalha como agricultor há mais de 30 anos no distrito do Carnôt, no município de Calçoene, no norte do Amapá. Ele disse que a família consegue o sustento a partir de benefício social e da venda da farinha.
“Um técnico disse que vamos ter que queimar toda a nossa plantação. É bem difícil, porque é daqui que a gente tira nosso sustento”, disse o agricultor.
O MIDR informou que com a situação de emergência é possível a distribuição de cestas básicas e água para as famílias atingidas. O municípios também poderão solicitar recurso federal.
Manivas modificadas
Projeto Reniva realiza a modificação genética das manivas-sementes
Weverton Façanha/GEA
No mês passado o estado recebeu 120 mil manivas-sementes com modificação genética. como objetivo proteger contra pragas, durante o processo de desenvolvimento da mandioca.
As chamadas “manivas-semente” vieram do Pará e foram entregues pelo Governo do Amapá à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para seleção em um espaço de mais de 120 hectare.
Esse material será semeado em terras indígenas do Oiapoque, no extremo norte do estado, para o desenvolvimento sustentável nessas regiões.
As sementes modificadas foram produzidas pelo engenheiro agrônomo Benedito Dutra e possuem uma alta qualidade genética , além de elevarem a medida fitossanitária.
A aquisição foi possível através da Reniva, que é uma rede de produção de manivas em todo o Brasil, com qualidade genética e fitossanitária em parceria com o Governo do Estado do Amapá por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Amapá (SDR) e a Embrapa.
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