‘Começaram a atirar de novo’, conta mãe de jovem brasileira que conseguiu fugir em meio a novos ataques no sul de Israel neste domingo (8)


Jovem de 22 anos morava no Amapá e se mudou para Israel há 5 anos. Mãe gravou vídeo com desabafo na tarde deste domingo. Mãe de jovem Brasileira que conseguiu fugir em meio a novos ataques em Israel desabafa
Um casal de judeus brasileiros que mora no Amapá, extremo norte do Brasil, conta como foi o último contato por ligação com a filha de 22 anos na tarde deste domingo (8). A jovem que teve o nome preservado nesta reportagem, mora numa cidade no sul de Israel – parte do país mais afetada pelo ataque do grupo extremista islâmico armado Hamas – e precisou fugir de casa nesta tarde em meio a novos ataques.
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A mãe, Ahavah Torres, 58 anos, conta que ela e o esposo estão muito abalados e nervosos. Eles conseguiram falar com a filha na noite de sábado (7) e neste domingo, pela manhã e a tarde.
De manhã, em quanto a filha ainda estava em casa, ela contou como estava a rotina desde o ataque.
“Eu consegui falar com ela de manhã porque quando eles ficavam no “bunker” (abrigo que atualmente pode ser subterrâneo ou não) no quarto que fica lá isolado é difícil a comunicação. Eles ficaram de sábado até hoje presos nesse “bunker” sem sair porque tem o risco dos terroristas entrarem. Falei com ela ontem (sábado) também. Falei rápido, não dá para falar muito. Eu estou muito tensa, nervosa e muito ansiosa”, desabafou.
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Jornal Nacional/ Reprodução
Na tarde deste domingo, a jovem falou novamente com os pais e disse que estava saindo de casa para se afastar dos novos ataques. “Minha filha foi agora para outra cidade mais longe da Faixa de Gaza”, disse a mãe.
Os pais e a jovem são judeus brasileiros convertidos e a filha se mudou para Israel há 5 anos para cursar o ensino médio. Lá a jovem se formou numa escola multirracial que acolhe filhos de judeus ao redor do mundo.
Após terminar o ensino médio ela regularizou a conversão ao judaísmo e conseguiu a cidadania israelense. Atualmente está casada com um israelense e tenta passar numa prova semelhante ao Enem para cursar o ensino superior no país.
De acordo com a mãe da jovem, até esta manhã a rotina era se manter a salvo dentro do “bunker”, ela, o esposo e os dois gatos que eles criam. Desde que começaram os bombardeios, o casal não havia saído mais da residência e se mantinha com a comida que já estava estocada.
No entanto, nesta tarde, a jovem conseguiu se deslocar para uma região mais afastada da Faixa de Gaza, momentos antes de reiniciarem os ataques próximo ao local onde mora.
Ao falar sobre a situação atual de Israel, a mãe da jovem emocionada comparou os ataques, mortes e raptos, ao holocausto durante a Segunda Guerra Mundial e falou sobre perseguição aos judeus.
“O que esses grupos estão fazendo é exatamente isso, porque eles querem extinguir Israel do mapa como se Israel não tivesse direito a ter um local para viver, aonde Israel vai? para qual lugar? O lugar dele é lá”, disse.
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A mãe conta ainda que um amigo da filha está desaparecido desde o ataque a uma festa próximo à Faixa de Gaza.
“Embora algumas pessoas tomem partido para o outro lado, mas você não pode admitir matança a civis de forma cruel, Porque eu posso ser simpático ao outro lado por algum motivo, mas eu não posso ser simpático ao extermínio de uma população de uma forma cruel”, desabafou.
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