PMs são indiciados por intervenção que terminou com morte do presidente do Sindicato dos Taxistas do AP


Leandro Abreu e outras três pessoas estavam em um veículo abordado pela PM em maio deste ano, na Zona Sul da capital. Polícias estavam afastados de suas funções.  PMs são indiciados por intervenção que terminou com morte Leandro Abreu
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A Polícia Civil do Amapá concluiu nesta segunda-feira (23) o inquérito do caso do presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado (Sintax), Leandro de Souza Abreu. A polícia indiciou os quatro policiais que participaram da intervenção policial que terminou na morte do presidente em maio deste ano. Os militares estavam afastados de suas funções. 
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No carro abordado estavam quatro pessoas, entre elas o presidente do Sindicato dos Taxistas do Amapá (Sintax), Leandro de Souza Abreu e mais um homem com tornozeleira eletrônica, que morreram.
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O delegado Leonardo Leite, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), informou que os policiais foram indiciados pelos crimes de homicídio simples, tentativa de homicídio simples e fraude processual. 
“Em vários momentos foi possível apontar contradições nos depoimentos dos policiais. Ouvimos a guarnição responsável pela ação e testemunhas”, destacou o delegado. 
De acordo com o Cento Integrado de Operações em Segurança Pública do Amapá (Ciodes), durante a abordagem ao veículo uma pessoa desceu com as mãos para o alto e outra com uma das mãos na cintura e teria pegado numa arma. Ainda segundo o Ciodes, um outro revólver foi encontrado dentro do veículo.
Uma das pessoas que estaria armada era Leandro, que tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). 
A segunda arma, de acordo com o inquérito da Polícia Civil, teria sido incrementada na cena do crime.
“Foi levantado durante as investigações que o revólver apresentado no Ciosp do Pacoval foi incrementado na cena do crime como forma de justificar a legítima defesa”, afirmou Leandro Leite. 
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A intervenção policial aconteceu no bairro do Muca, na Zona Sul de Macapá, em maio deste ano, após uma equipe do 1º Batalhão Polícia Militar receber a denúncia de que homens armados estariam em um táxi.
Tudo ocorreu, segundo relatos da época, depois de Leandro tentar recuperar uma bicicleta que havia sido furtada. Ele teria conseguido localizar o autor do furto, o colocado no carro, e levado até o local onde iria recuperar a bicicleta.
Antes disso ocorrer, populares viram o movimento, e avisaram a polícia. Quando chegaram, os PMs encontraram Leandro armado.
De acordo com o Ciodes, durante a abordagem ao veículo duas pessoas desceram do carro, uma com as mãos para o alto e outra com uma das mãos na cintura e teria pegado na arma.
Desse instante em diante, a ocorrência tomou rumo inesperado, resultando na morte do presidente do Sindicato dos Taxistas, e em uma segunda pessoa.
Populares relataram em vídeos divulgados nas redes sociais que os ocupantes não teriam reagido e teriam saído do carro com as mãos levantadas.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário.
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