Operação ‘Divertere’ da Polícia Federal em parceria com ICMBio foi deflagrada nesta quinta-feira (27) para combater a extração ilegal de ouro e demais crimes ambientais na região da Unidade de Conservação Integral. Garimpo ilegal no Parque nacional Montanhas do Tumucumaque
PF/Divulgação
Um garimpo ilegal degradou uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados, equivalente a mais de 100 campos de futebol, numa área nas proximidades e dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. O garimpo foi desarticulado nesta quinta-feira (27) pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Brasília.
A extensa área explorada irregularmente está localizada próximo ao município de Calçoene e à reserva Waiãpi, no norte do estado.
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é a maior unidade de conservação brasileira de proteção integral. Ele está localizado entre os estados do Amapá e Pará e abrange os municípios amapaenses de Calçoene, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio. Do lado paraense, o município de Almeirim é alcançado pelo parque.
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O Grupo Tático Aéreo (GTA) também deu apoio na operação ‘Divertere’, que teve como objetivo combater a extração ilegal de ouro e demais crimes ambientais cometidos na região da Unidade de Conservação Integral.
Garimpo ilegal dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque
Foram feitas buscas para localizar e destruir os maquinários utilizados pelos garimpeiros na região.
Esta é a terceira operação deflagrada pela PF para combater o garimpo ilegal no Amapá, neste ano.
De acordo com a PF, o desmatamento impacta diretamente uma extensa área que vai além do local degradado.
“Além das áreas diretamente desmatadas, os danos ambientais causados pelo garimpo ilegal impactam a cadeia ambiental em até 300 km do curso dos rios da região, com danos que podem ser considerados irreversíveis para a população, uma vez que o mercúrio (metal pesado utilizado pelos garimpeiros) contamina diretamente os organismos vivos da água, acarretando em contaminação”, pontuou a PF.
Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bem da união e extração ilegal de minérios. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 10 anos de reclusão e pagamento de multa.
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