No AP, é registrado uma média de 8 focos de calor por dia; vegetações chegam a queimar por 6 horas


Nesta quinta-feira (16) um novo fogo aconteceu, dessa vez no bairro do Goiabal, na Zona Oeste de Macapá. Dados da operação Amapá Verde apontam um aumento de queimadas em relação ao mesmo período do ano passado. Durante o verão Amazônico os índices de calor aumentaram no Estado. Dados da operação Amapá Verde mostram que houve um aumento de 120% de queimadas em relação ao mesmo período do ano passado. A crescente aponta também uma média de pelo menos 8 focos de calor por dia no Amapá, segundo o Corpo de Bombeiros do Amapá (CBM). 
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O dado preocupante, é sentido diretamente pela população que convive diariamente com as cortinas de fumaças na cidade. Em um dos casos, uma vegetação da área da Universidade Federal do Amapá (Unifap), queimou por cerca de 6 horas.
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O último registro foi feito nesta quinta-feira (16) no bairro da Goiabal, na Zona Oeste de Macapá. O espaço, que é mais afastado do Centro, concentra uma vegetação característica da região. 
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Bairro da Goiabal, na Zona Oeste de Macapá.
Internet/Reprodução
Segundo o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), o fogo não atingiu casas. Porém, causa perdas significativas na vegetação. 
Outras áreas que preocupam as autoridades são as reservas biológicas. Nesses espaços, vivem espécies características da região amazônica. Um exemplo é o Lago Piratuba, no Leste do Amapá. 
Na reserva um incêndio subterrâneo de grande proporção continua se alastrando. O combate às chamas segue de forma ininterrupta por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os primeiros focos foram detectados ainda em outubro, em uma fazenda fora da reserva. No dia 17 de outubro um sobrevoo identificou incêndios na parte noroeste da área protegida.
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Rebio do Lago Piratuba/Divulgação
O período de estiagem contribui para o aumento desses focos. A união entre seca e alta temperatura é propício para que as chamas e fumaça ganhem uma proporção rápida, é o que diz o coordenador da operação Amapá e capitão do Corpo de Bombeiros, Rithely Barbosa.
“A elevação das queimadas é atribuída a fatores como mudanças climáticas, incluindo o fenômeno El Niño, práticas agrícolas inadequadas e atividades humanas”, afirmou.
Corpo de Bombeiros combate queimada, fogo, incêndio, em Macapá, Amapá
Jorge Júnior/Rede Amazônica
A previsão, de acordo com o Núcleo de Hidrometeorologia (NHMet) é que as primeiras chuvas só caiam no final de novembro, o que deve causar um alívio nos focos de calor. 
“Os modelos climáticos indicam que ao final do mês de novembro, nos últimos dias, poderemos ter os primeiros indícios de chuvas. Essas chuvas, devem acontecer sobre a área norte do Estado, em Oiapoque e Calçoene, com acumulados variando entre 0 e 15 milímetros”, afirmou o meteorologista Jefferson Vilhena.
Até a chegada deste período, a recomendação das autoridades é evitar a queima de lixo domésticos e acionar o Corpo de Bombeiro em caso de focos.
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