Governo federal reconhece emergência em 7 municípios do AP após aumento de casos de malária

Casos dispararam de 2.798 em 2022, para 4.726 no ano passado. A partir de reconhecimento, municípios poderão acessar recursos para ações de combate e prevenção. Teste de malária, no município de Calçoene, no norte do Amapá
Mônica Silva/SVS
O governo federal reconheceu nesta segunda-feira (8) a situação de emergência em 7 municípios do Amapá após o aumento no número de casos de malária. Em 2022 foram registrados 2.798 casos, saltando para 4.726 em 2023. O aumento foi de 89,8% nos casos.
Os municípios em situação de emergência são: Oiapoque, Macapá, Porto Grande, Santana, Mazagão, Calçoene e Pedra Branca do Amapari.
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O governo estadual e os municípios estão elaborando um plano de trabalho para apresentar à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. A partir de então, poderão acessar recursos para intensificação de ações de combate à malária.
Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), as áreas de garimpo são as que mais têm registros da doença. A Defesa Civil do Amapá também monitora as áreas com mais registros.
“O Amapá já tem um trabalho contínuo de combate e prevenção à malária, esse reconhecimento federal vai permitir que as ações sejam ampliadas, principalmente em Calçoene e Oiapoque, onde os registros estão em evidência”, descreveu o chefe da Defesa Civil, Cel. Alexandre Veríssimo.
Estratégias de combate
Entre as ações já realizadas estiveram a distribuição de mosqueteiros impregnados com inseticidas para camas; kits para testagem rápida; exame de gota espessa, para identificar o tipo da doença; além de ações educativas para a população.
Outra ação informada foi a entrega de antimaláricos e reforço de materiais como microscópios, veículos e equipes técnicas.
Sobre a malária
Mosquito Anopheles é o transmissor da malária
Rede Amazônica/Reprodução
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles.
Ela não é contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença para outra pessoa. Para contrair a malária é necessário “ser picado” pela fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo protozoário Plasmodium.
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Veja o número de registros em 2023:
Calçoene: 2.587 casos
Oiapoque: 870 casos
Pedra Branca do Amapari: 512 casos
Macapá: 298 casos
Santana: 121 casos
Mazagão: 69 casos
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