Dados do Censo 2022 foram divulgados nesta sexta-feira (23). De 252.082 domicílios, 24.239 são atendidos. Amapá tem a pior cobertura de esgoto no país, aponta IBGE
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amapá tem a pior rede de esgoto do país. De 252.082 domicílios, apenas 24.239 são atendidos, somando 12% de cobertura.
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O Censo aponta ainda números sobre o acesso a itens básicos de sobrevivência, como a água. Fazendo um comparativo entre o acesso esgoto e a água, é possível analisar uma diferença de 31,3% entre os serviços, sendo assim 43,4% usam a distribuição geral do líquido.
Mesmo o quantitativo relacionado a água sendo maior, nem 50% da população tem acesso à rede geral no Estado banhado pelo Rio Amazonas.
Esses números significam que o esgotamento não acompanha a distribuição d’água.
Com 12% de cobertura, população do Amapá tem a pior rede de esgoto
Rede Amazônica/Reprodução
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Acompanhe:
Total de moradias no Amapá: 252.082
Domicílios com cobertura de esgoto: 12% (24.239)
Domicílios com acesso à rede geral d’água: 12,1% (24.239)
Os dados trazem ainda porcentagens indicativas sobre quais os tipos de moradia existem no Amapá e como as famílias vivem em relação à divisão de banheiros.
A maioria das residências consiste em: 173.364 casas (86,2%), seguidas por 8.020 casas de vila ou condomínio (4,0%), 18.160 apartamentos (9,0%), 1.096 cortiços (0,6%), 117 estruturas degradadas ou inacabadas (0,1%) e 264 malocas (0,1%).
Entre as características do Amapá destacam-se as palafitas, que em sua maioria são construídas em madeira e com pequenos cômodos. Nessas regiões, o acesso ao saneamento básico é praticamente inexistente.
As casas são construídas sob as áreas de ressaca, em alguns casos em condições subumanas.
Áre de ressaca no bairro dos Congós, localizada na Zona Sul de Macapá.
Rede Amazônica/Reprodução
Acompanhe os dados:
65,3% das residências possuem apenas um banheiro (131.349)
21,4% com dois banheiros (43.032)
6,0 com três banheiros (11.979)
2,5% quatro ou mais (4.996)
4,8% dos domicílios não possuem banheiro de uso exclusivo (9.665)
Em relação à água nas regão alagadas, um projeto-piloto da Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA) que promete regularizar as redes de abastecimento das áreas de ressaca começou a ser implantado em novembro de 2023.
Os trabalhos “Pontes para o Futuro” substituem as tubulações, ampliam as redes atuais e fazem a suspensão dos canos para evitar o contato com as áreas alagadas.
Projeto “Pontes para o Futuro – área de ressaca em Macapá
Albenir Sousa/Rede Amazônica
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