PMs são afastados após intervenção que terminou com morte do presidente do Sindicato dos Taxistas do AP

Ele e outras 3 pessoas estavam em um veículo que foi abordado pela PM na noite desta sexta-feira (26) no bairro do Muca, na Zona Sul da capital. Um dos ocupantes usava tornozeleira eletrônica e também foi morto. Um menor de idade foi atingido e levado ao HE. Leandro de Souza Abreu também ocupava cargo na CTMac, em Macapá
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Foram afastados dos cargos os policiais da Polícia Militar (PM) do Amapá envolvidos na intervenção que terminou com a morte do presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintax), Leandro de Souza Abreu, além de um homem que usava tornozeleira eletrônica, em Macapá. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que apura o caso.
Quatro pessoas estavam dentro de um carro abordado pela PM na última sexta-feira (26), no bairro do Muca, na Zona Sul da capital. Entre eles estavam Leandro, o homem com tornozeleira, um menor de idade que foi baleado e o motorista do carro, que recebeu voz de prisão e foi conduzido ao Ciosp do Pacoval.
A ocorrência foi atendida pelo 1º Batalhão da Polícia Militar. Na sexta, a equipe informou que a abordagem aconteceu após uma denúncia de que os ocupantes do veículo estariam armados.
Nesta segunda-feira (29), a PM concedeu entrevista e atribuiu o desfecho da ação à desobediência de comando dado pela equipe policial aos ocupantes do veículo.
A família de Leandro contesta a versão. Ainda de acordo com a família, o motorista e o adolescente, de 17 anos, que foi atingido pelos disparos, eram primos dele.
Em nota, a Sejusp disse que será instaurado um inquérito policial pela Polícia Civil, além de inquérito militar por meio da corregedoria da PM.
“Os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais até o término das investigações”, informou a Sejusp.
Intervenção
A intervenção policial aconteceu no bairro do Muca, na Zona Sul de Macapá, na última sexta-feira (26) após uma equipe do 1º Batalhão Polícia Militar receber a denúncia de que homens armados estariam em um taxi, segundo o relatório do Cento Integrado de Operações em Segurança Pública do Amapá (Ciodes).
No carro estavam 4 pessoas, entre eles o presidente do Sindicato dos Taxistas do Amapá (Sintax), Leandro de Souza Abreu e mais um homem com tornozeleira eletrônica, que morreram, além de um menor de idade que foi baleado e encaminhado ao HE e o motorista do veículo, que foi encaminhado ao Ciosp do Pacoval.
Ainda de acordo com o Ciodes, durante a abordagem ao veículo uma pessoa desceu com as mãos para o alto e outra com uma das mãos na cintura e que teria pegado na arma. O relatório descreve ainda que o homem apontou a arma na direção dos policiais, que dispararam os 3, dos 4 ocupantes.
Populares relataram em vídeos divulgados nas redes sociais que os ocupantes não teriam reagido e teriam saído do carro com as mãos levantadas.
Taxistas fizeram manifestação após a morte de Leandro
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Em publicação nas redes sociais, o diretor de Programas do Ministério de Transportes (MT), André Lima, que foi diretor-presidente da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac), onde Lendro ocupava um cargo, lamentou a morte do presidente do Sintaxi e disse que aguardava uma resposta da PM para que os fatos fossem esclarecidos.
“É com imenso pesar que recebi nesta sexta-feira (26) a notícia da perda inesperada do querido amigo Leandro Abreu. Meu amigo estou incrédulo com essa notícia e a forma abrupta com a qual a sua vida foi tirada. Eu acredito na justiça divina e dos homens e aguardo respostas da polícia militar do estado do Amapá para que todos os fatos sejam esclarecidos”, disse o diretor.
Veja nota da Sejusp na íntegra
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que o fato que resultou no óbito do presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado, Leandro Abreu, na última sexta-feira, 26, já está sendo apurado pela Polícia Civil do Amapá.
As perícias já foram requisitadas e os policiais envolvidos serão submetidos a procedimento investigativo da Corregedoria da Polícia Militar do Amapá, através de inquérito militar. E também será instaurado um inquérito policial no âmbito da Polícia Civil e serão investigadas as circunstâncias dos fatos.
Os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais até o término das investigações
A Sejusp destaca que tem como missão preservar a ordem pública, mantendo os direitos fundamentais da pessoa por meio de políticas de controle da criminalidade e da violência, integradas com a comunidade e demais forças de segurança do Amapá, bem como se coloca à disposição para os devidos esclarecimentos.
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