‘Foi muito difícil parar’, diz mulher do AP que começou a fumar aos 13 anos e venceu o tabagismo após 30 anos


O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado nesta quarta-feira (31), relembra o enfrentamento a prática que afeta várias partes do corpo como o cérebro e mata milhares de pessoas no mundo. O cigarro inflama o tecido das vias. De acordo com a Associação Britânica de Ronco, até mesmo o fumo passivo pode causar essa inflamação, aumentando assim o risco de ronco;
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Parar de fumar não é simples e muitos brasileiros tentam diariamente largar o hábito. Por isso, desde 1987, o dia 31 de maio é marcado pela campanha Mundial Sem Tabaco. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.
O tabagismo é classificado como a dependência da nicotina, por produtos com tabaco, principalmente o cigarro.
Antigamente fumar era considerado elegante, o que tornava a prática comum entre as pessoas, até entre os jovens.
A Selma Viegas é um exemplo e conta que começou a fumar aos 13 anos, e esse hábito se repetiu durante 30 anos na sua vida. Ela revela que vários fatores causavam a recaída quando tentava deixar o vício.
“Eu tentei várias vezes parar, mas qualquer motivo me fazia voltar, estresse, uma festa com amigos e bebida me causava a vontade. Quando meu marido teve um problema de saúde por causa do fumo, determinado, ele parou de fumar, e isso foi um incentivo para mim”, revela.
Após cerca de 10 anos sem fumar ela conta que ainda sentiu dificuldades, sequelas do longo período do hábito, que se intensificaram durante a pandemia da Covid-19.
Selma ficou internada por conta da doença durante semanas e ter fumado deixou sequelas no pulmão.
“Eu me sinto muito melhor e mais saudável agora que parei, eu sabia que fumar me fazia mal mas eu tive muita dificuldade, foi muito difícil parar”. expressou.
Pesquisas sobre efeito da nicotina corpo
Ao longo dos anos com o avanço das pesquisas, que revelaram as doenças que fumar pode causar, e as campanhas educativas, o hábito reduziu entre a população.
No Brasil, por exemplo, 9% dos adultos era fumante em 2019, e o Amapá se destaca com a redução de 2,7% desses percentuais na capital.
Em Santana, segunda maior município, a 17 quilômetros de Macapá, até o ano de 2022, cerca de 3.702 fumantes estavam registrados no sistema da Secretaria de Saúde.
Apesar da redução de fumantes no Amapá, o doutor oncologista John Luiz ressalta que a popularização do cigarro eletrônico preocupa especialistas.
“No mundo tem uma redução do tabagismo, mas essa nova exposição ao cigarro eletrônico, ela é colocada como se não fosse tão grave como o tabagismo. Ainda observamos que o tabagismo é muito comum no Amapá”, afirma o doutor John.
Vários tipos de câncer são causados pelo tabagismo, da mesma forma que problemas respiratórios e até mesmo a impotência sexual. Apesar das consequências para a saúde, largar o vício é um desafio.
“Isso precisa ser trabalhado pela pessoa que quer para de fumar, precisa ser uma vontade própria para que o próprio fumante tenha controle da vontade, e requer ajuda de psicólogo ou psiquiatra, e com uso de medicamentos receitados para deixar de fumar”, enfatiza o oncologista John Luiz.
As Unidades Básicas de Saúde oferecem atendimento para quem deseja deixar de fumar. Em Santana, o Centro de Assistência Psicossocial (CAPS AD) atende essas pessoas. O centro funciona na Avenida Lucena de Azevedo 499 no bairro Daniel, das 8h às 18h.
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