Homem que matou estudante em área de mata do Exército é condenado a mais de 36 anos de prisão no regime fechado, no AP


Alessandro Maciel de Melo foi condenado nesta quarta-feira (31). Corpo de Leicheievena Silva Rodrigues, de 23 anos, foi encontrado em 12 de janeiro de 2020. Alessandro Maciel de Melo foi condenado a mais de 36 anos por matar estudante em área de mata do exército, no Amapá
Reprodução/Internet
Após ir a júri popular nesta quarta-feira (31), Alessandro Maciel de Melo foi condenado a 36 anos e 5 meses de prisão no regime fechado por matar uma estudante de 23 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 12 de janeiro de 2020 em um matagal na área do Exército, em Macapá.
De acordo com a sentença lida pela juíza Lívia Simone Oliveira de Freitas Cardoso no fórum de Macapá, foram acolhidas as qualificadoras do motivo torpe, meio cruel, do recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima e do crime ter sido praticado contra mulher por razões do sexo feminino (feminicídio).
O corpo de Leicheievena Silva Rodrigues foi encontrado em uma área de mata que pertence ao Exército Brasileiro no Amapá, na manhã de 12 de janeiro de 2020, no bairro Cuba de Asfalto, na Zona Sul de Macapá.
O crime
Pedaço de madeira foi recolhido do local do crime; vítima foi morta a pauladas, apontou a Politec
Willian Amanajás/Rede Amazônica
O laudo da Polícia Técnico-Científica (Politec) aponta que Leicheievena foi morta com 4 golpes na cabeça, todos feitos com um pedaço de madeira – que foi recolhido do local do crime no dia 12.
Além disso, como ela foi encontrada nua, a investigação apurou a possibilidade de estupro. O laudo apontou prática de relação sexual.
Na época, o principal suspeito do crime declarou à polícia que era usuário de drogas e que tinha a intenção de roubar Leicheievena Silva Rodrigues.
Alessandro foi identificado dois dias após o crime, no dia 14 de janeiro, com ajuda de câmeras de monitoramento próximas ao local do homicídio.
Ele atuava de maneira ilegal como mototaxista. Ele usa um veículo legalizado de mototáxi, mas não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Homem passou 7 anos preso no Iapen; ele retorna para lá por novo crime
Carlos Alberto Jr/Arquivo G1
A polícia afirmou ainda que ele passou 7 anos preso no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) do Amapá, por crime contra o patrimônio, e recebeu tinha recebido a liberdade a pouco tempo. O g1 consultou no site da Justiça do Amapá que ele foi condenado em 2010 por roubo de celular.
Ainda no judiciário, o homem declarou que em 2019 cursou a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Estadual Reinaldo Damasceno, mesmo local e modalidade de ensino que Leicheievena estudava. Para a polícia ele declarou que não a conhecia.
O homem chegou ao local com a vítima na moto, ainda viva, e a levou para dentro do matagal, na madrugada do dia 12. Após cerca de 30 minutos, ele sai da área do Exército e vai embora. O tempo que ele passou no local chamou a atenção da equipe.
O preso também declarou à polícia que chegou em casa ensanguentado e contou à esposa que matou uma mulher.
O homem foi detido pelo Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) numa residência no bairro Novo Horizonte, na Zona Norte.
A área do Exército onde o corpo foi encontrado fica localizada atrás da escola onde os dois estudavam.
Local onde o corpo foi achado numa área de mata do Exército
Willian Amanajás/Rede Amazônica
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