PIX ganha maior utilidade e dinheiro em espécie é menos utilizado, aponta pesquisa


Estatísticas do Banco Central demonstram que em 2022, foram feitas cerca de R$ 24,05 bilhões de transações com pix no Brasil. PIX é uma das formas de pagamentos mais utilizada no Brasil
Núbia Pacheco/g1
Desde a criação do PIX em novembro de 2020, o comportamento da população brasileira teve mudanças consideráveis em relação ao uso do papel moeda, além do uso de cartões de crédito para compras e pagamentos. De acordo com estudos divulgados pelo Banco Central (BC), o PIX é atualmente o mais utilizado.
Os dados fazem parte da Estatística do PIX divulgada no site do Banco Central do Brasil.
Estatísticas de transações com PIX
Banco Central/Divulgação
De acordo com o estudo do Visa Back to Business de 2020, a mudança foi impulsionada pela pandemia de Covid-19, quando a população procurou a utilização do dinheiro para pagamentos rápidos, seguros e sem contato. Desde então, o dinheiro em papel apresentou redução de uso.
O estudo aponta ainda, que o comércio também precisou se adequar, e mais de 70% das pequenas empresas no Brasil migraram para o modo digital de vendas e mais de 78% dos consumidores brasileiros estão usando menos dinheiro em espécie – ou eliminaram totalmente seu uso – desde o início da pandemia.
Solange Miranda, garante que clientes pagam na maioria das vezes com PIX
Rede Amazônica
Aqueles que ainda utilizam o dinheiro em papel ainda estão em processo de adaptação, como os vendedores ambulantes e lojas mais populares.
“A gente vende bastante e o pagamento está sendo mais em pix ou no cartão. Na maioria das vezes também não temos dinheiro para dar troco”. O pix é mais vantajoso, destacou Solange Miranda, vendedora de espetinhos.
O Banco Central observou que na região norte, mais de 70% das transações de pix foram efetuadas, com os dados até maio de 2023.
Estatística de transação de PIX por região
Banco Central/Divulgação
Para o economista, Ivaldo Dantas, os números estatísticos favoráveis ao uso do pix, indicam uma nova era monetária.
“Estes avanços acontecem, e haverá uma adequação. Se observarmos, até mesmo as borracharias já aceitam pix. Estes segmentos terão que se adequar na medida em que estas inovações acontecem e será naturalmente”, concluiu.
Aumento do uso do pix e dinheiro de papel perde espaço
Dantas destaca um ponto negativo para os amapaenses na utilização do pix: a internet, já que para ter acesso aos bancos virtuais, é necessário ter internet estável, o que atualmente não é uma realidade para todo amapaense.
“É um problema que precisa ser resolvido pelos autoridades municipais e pelo Governo Estadual, para não deixar o povo desamparado, pois todos perdem com isso”, finalizou.
Como criar um pix?
O Pix é um pagamento instantâneo, que é utilizado exclusivamente no Brasil, criado pelo Banco Central (BC) e pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Também é possível realizar transferências financeiras mesmo em feriados ou finais de semana.
Para criar um PIX, basta acessar o app do seu banco e seguir o passo a passo:
As “chaves” são dados simples de clientes que servem de identificação para as transações feitas pelo PIX. Com apenas uma chave cadastrada, as transferências podem ser realizadas instantaneamente.
Para cadastrar a chave, será preciso requisitar à instituição onde a conta está aberta via aplicativo no celular.
Pessoas físicas podem cadastrar até 5 chaves, enquanto as jurídicas, até 20 chaves.
Não será possível vincular uma mesma chave para mais de uma conta. Caso o cliente queira cadastrar chaves de endereçamentos para instituições diferentes, as informações das chaves de endereçamentos deverão ser diferentes.
Por exemplo: no banco A, o cliente cadastra o CPF; no banco B, cadastra o número de celular, e assim por diante.
As transações pelo PIX poderão ser feitas também por meio de QR Code ou links gerados no smartphone, substituindo, por exemplo, os dados bancários do recebedor.
Na cartilha do Banco Central também possível seguir um passo-a-passo.
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