Estudantes de escola pública do AP criam adubo orgânico com resíduos de caranguejo-uçá


Alunas da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá, usaram carcaças do crustáceo para a produção. Objetivo é ajudar comunidades isoladas sem acesso aos adubos convencionais. Farinha orgânica foi desenvolvida no laboratório de ciências da escola
Rafael Aleixo/g1
Duas alunas da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá, criaram farinha orgânica para adubo a partir de resíduos de caranguejo-uçá, encontrados na costa do Amapá e comercializados em feiras locais. O projeto coleta os animais já consumidos e utiliza a carcaça para a produção do adubo.
A ideia é gerar uma fonte alternativa para comunidades ribeirnhas e isoladas, que possuam dificuldades de acesso aos adubos convencionais.
O processo percorre alguns processos até chegar às hortas. A aluna Ana Beatriz Duarte, de 15 anos, descreveu como ocorrem essas etapas.
“Primeiro vamos atrás da carcaça, depois colocamos para secar durante 3 dias no sol. Depois fazemos a trituração no liquidificador industrial e peneiramos. Após esse processo ele fica pronto para ser colocado na terra”, explicou a aluna.
Estudantes de escola pública do AP criam adubo orgânico com resíduos de caranguejo-uçá
Aldeni Melo/Arquivo Pessoal
A parceira de trabalho, a estudante Ana Clara Souza, de 14 anos, descreveu que foram realizados diversos testes com diferentes quantidades do adubo. Também descreveu que algumas concentrações foram mais eficazes para plantas como laranjeiras, e outras para hortaliças.
“Os nossos testes foram com grupo controle que teve testes de biomassa, granulométrico e químico. No de biomassa usamos a alface durante 40 dias. Já o granulométrico mede os grãos que tem na terra e o de biomassa a gente mede as folhas mortas, raízes e os caules”, detalhou a estudante.
ICMBio e Ibama soltam caranguejos-uçá capturados no defeso, no Amapá
ICMBio/Divulgação
O trabalho foi orientado pelo professor Aldeni Melo e conquistou o primeiro lugar na área de ciências agrárias na última edição da Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap). A feira estadual gerou credencial para a (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) Febrace, onde o trabalho foi semifinalista.
A ideia agora é instalar uma horta sustentável em uma das comunidades isoladas, que ainda será definida pelo projeto.
Estudantes de escola pública do AP criam adubo orgânico com resíduos de caranguejo-uçá
Aldeni Melo/Arquivo Pessoal
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