Vacinas contra gripe e bivalente : veja as reações mais comuns e o que tomar para melhorar


De acordo com imunologista, as reações às vacinas dependem do nosso potencial de resposta imune e de como foram produzidas (do ponto de vista biológico). As vacinas da Influenza (gripe) em uso no Brasil são todas de vírus inativados (“vírus mortos”), enquanto que ,a vacina Bivalente contra a COVID-19 é formulada com o RNA mensageiro (material genético)
Getty Images via BBC
Moleza no corpo, dores de cabeça e no braço, febre e até mesmo sintomas gripais, como coriza e espirros. Estes foram alguns dos sintomas que muitos amapaenses relataram após tomarem as vacinas contra influenza e covid-19.
O g1AP conversou com a imunologista Dra. Carolina Alcântara, Titular em Alergia e Imunologia Clínica pela ASBAI e Mestra em Ensino em Saúde – Educação Médica, para esclarecer dúvidas e informar sintomas pós-vacina e ainda, reafirmar a importância da vacinação.
“Tais reações ocorrem porque as vacinas, de maneira geral, são projetadas para conferir imunidade ao indivíduo, estimulando células do sistema imunológico a produzirem anticorpos”, explicou.
Dra. Carolina Alcântara é Titular em Alergia e Imunologia Clínica pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI )
Carolina Alcântara /Arquivo pessoal
Segundo Alcântara, reações às vacinas dependem do potencial de resposta imune e de como foram produzidas (do ponto de vista biológico). Por isso que algumas pessoas tem mais ou menos reações que outras”, explicou.
Vacinação contra gripe e Covid-19 acontece em Macapá
Jorge Júnior/Rede Amazônica
O que fazer para melhorar os sintomas:
As recomendações da imunologista Carolina Alcântara, para diminuir os sintomas das reações, são: compressas frias no local da aplicação para alívio dos sintomas locais e a administração de medicamentos sintomáticos (antitérmicos, analgésicos e antieméticos) para redução da febre, dor e náuseas, caso necessário.
Vacina contra influenza passou a ser oferecida para todas as idades
Daniel Castellano/SMCS
As vacinas da Influenza (gripe) em uso no Brasil são todas de vírus inativados (“vírus mortos”), enquanto que, a vacina Bivalente contra a Covid-19 é formulada com o RNA mensageiro (material genético) que codifica a proteína da cepa original e da variante ômicron do vírus, portanto são incapazes de induzir o desenvolvimento da doença.
“É importante frisar que a proteção máxima conferida pelas vacinas acontece cerca de duas a três semanas após sua aplicação. Ou seja, neste período imediato após a vacinação ainda não estamos efetivamente protegidos contra a doença”, alerta Carolina Alcantara.
Portanto, sintomas “gripais” que podem ocorrer nos primeiros dias após a vacinação, são, em sua maioria, decorrentes de resfriados que já estavam incubados (ou seja, a pessoa já estava com um vírus circulando no organismo) e, que se manifestam com sintomas leves como dor de garganta, coriza e febre baixa.
Diante de quadros como este, nada melhor do que repouso, alimentação balanceada e leve, hidratação adequada, antitérmicos e analgésicos para controle dos sintomas. Recomenda-se também evitar locais fechados e aglomerados, lavar as mãos com frequência, fazer a limpeza adequada dos ambientes e uso de máscaras de proteção para evitar a transmissão e proliferação da doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), que está diretamente envolvida no Programa Nacional de Imunização (PNI) juntamente com o Ministério da Saúde, não há nenhuma contraindicação específica após a imunização.
“Sabemos que, o consumo de bebidas alcoólicas não interfere na resposta gerada por nenhuma vacina e não aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinais. Por outro lado, a ingestão excessiva ou o uso crônico e abusivo podem enfraquecer o organismo como um todo, incluindo o sistema imunológico, facilitando o risco de infecções”, frisou Alcântara.
“A vacinação é uma ferramenta extremamente eficaz e altamente segura para prevenir doenças infecciosas. Uma vez que, as vacinas podem eliminar ou reduzir drasticamente o risco de adoecimento e/ou o desenvolvimento de manifestações graves, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito. Portanto, o benefício da vacinação supera em muito os riscos de eventos adversos aos imunizantes”, finalizou a imunologista.
Veja o plantão de últimas notícias do G1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:

Bookmark the permalink.